Cobertura de Show – Krisiun + Surra | Salvador Rock CIty

Cobertura de Show – Krisiun + Surra | Salvador Rock CIty

Por Lucas “Laru”

18 de julho de 2019, o Garage Sounds chega à Salvador em uma noite de clima instável, fortes ventos e um pouco de frio, ao menos para os padrões soteropolitanos. O evento, ao contrário do que aconteceu/aconteceria em outras cidades, contaria com apenas três bandas: os gaúchos do Krisiun, os paulistas do Surra, que vinham de outras apresentações juntos e que seguiram subindo o nordeste, e a Behavior, banda local que estava encarregada da abertura. Contudo, houve uma mudança repentina na ordem de apresentação dos grupos e no horário do evento. O início se daria às 19h e não mais às 20h, como inicialmente marcado e os baianos foram deslocados para o encerramento.

Assim sendo, o Surra subiu ao palco às 19:47h dando início ao seu thrash/punk. Boa parte do público ainda não havia chegado e aqueles que já estavam no Groove Bar se concentravam na parte externa da casa quando o trio de Santos formado por Leeo Mesquita (g/v), Guilherme Elias (b/v) e Victor Miranda (d) tocaram os primeiros acordes. Mas, lá pela quinta ou sexta música o problema estava resolvido. A frente do palco já havia sido povoada e teve lugar o bom e velho mosh. O Surra se apresentava pela primeira vez em Salvador, vieram divulgar seu mais novo trabalho “Escorrendo pelo Ralo”. A banda faz um som bastante rápido e pesado, com letras fortes e diretas, recheadas de críticas sociais e políticas e tais críticas também se fizeram presentes aqui nas falas de Leeo nos intervalos entre as canções. Destaque para a interação entre Leeo e Guilherme e entre estes e o público. O ponto alto do show talvez tenha sido “Parabéns aos envolvidos” que foi cantada por muitos da plateia. A apresentação durou 40 minutos. Talvez não seja pouco tempo em se tratando de um grupo com músicas tão rápidas. Contudo, possivelmente devido à mudança de horário, muitos fãs chegaram à tempo apenas de pegar as últimas canções. Outros sequer tiveram esta sorte, tendo chegado quando a banda já havia deixado o palco o que deve ter lhes gerado um sentimento de frustração e a expectativa de que o trio retorne logo.

Às 20:57h, sobe ao palco a atração principal da noite: o Krisiun. Apesar da casa não estar com sua lotação máxima, com o início da apresentação dos três irmãos a frente do palco foi tomada, sendo impossível transitar por ali. Destaque para a quantidade absurda de celulares tentando capturar algum registro do show. A banda veio a Salvador com a turnê de divulgação do seu último álbum, o “Scourge of the enthroned” de 2018. A brutalidade do som do Krisiun parece contrastar com as personalidades dos seus integrantes. Alex Camargo fazia questão de interagir com o público, sempre agradecendo, entre as músicas, a presença de todos no evento e ressaltou, algumas vezes, seu orgulho em ser brasileiro. Moysés também dialogou bastante com os fãs. Chamou a atenção quando ele anunciou no microfone que alguém havia perdido um celular (possivelmente algum fã mais empolgado acabou se descuidando). O dono prontamente apareceu e teve seu aparelho devolvido pelas mãos do guitarrista.

A energia da banda ao vivo já é conhecida e por aqui não foi diferente. O Krisiun apresentou seu Death Metal vigoroso, repleto de blast beats, mas, também com algumas passagens mais cadenciadas, se é que se pode afirmar tal coisa em se tratando deles. O repertório teve canções do último disco (como não poderia deixar de ser), mas, merecem destaque “Blood of Lions” que logo com a primeira nota do riff levou a plateia à loucura e a clássica “Black Force Domain” que teve seu refrão cantado pelos presentes. Mas, a cereja do bolo foi o cover de “Ace of Spades” do Motörhead que quase trouxe o Groove Bar abaixo. Eram 22h quando o grupo termina seu show sendo ovacionado e Alex se despede com um stage dive, fato este registrado em vídeo pela própria equipe da banda e disponível em seu Instagram oficial. O Krisiun deixa o palco tendo o seu nome gritado por todos.

Ah! Aqueles que não partiram para suas casas logo após a apresentação do trio gaúcho, puderam ver o baterista Max Kolesne circular entre o público. Bastante simpático, conversou com diversos fãs e tirou fotos. Não à toa o Krisiun é apontado como a maior banda brasileira de metal em atividade.

A Behavior começa a tocar às 22:40h. Infelizmente após o show do Krisiun a casa esvaziou um pouco, o que é até compreensível já que era um dia de semana e muitos deveriam acordar cedo na manhã seguinte para seus afazeres habituais. Tal não desanimou o quinteto baiano que apresentou seu Death Metal em um show com muita energia, aproveitando para divulgar seu segundo álbum, o “Morbid Obsession”. Foi um encerramento à altura, sem dúvidas.

Galeria de Fotos:

BahiaRock

BahiaRock

Seu portal pro rock baiano!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *