Entrevista Geo Benjamin (Alquímea)

Entrevista Geo Benjamin (Alquímea)

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Aproveitando a realização do Festival Rock Concha, o BahiaRock realiza uma série de entrevistas com as bandas do evento. Quem conversa com a gente agora é Geo Benjamin, vocalista, guitarrista e líder da banda Alquímea – que se apresenta no 2º dia do festival. Confiram:

O Rock Concha completa 30 anos e vocês voltando a essa casa depois de muito tempo… Quais lembranças você tem da última vez que tocou lá?

É a primeira vez que a Alquímea participa do Rock Concha, o que nos deixa muito felizes em estar em um evento tão grandioso como esse. Já em relação ao local, Concha Acústica do TCA, já não faz tanto tempo assim que estivemos lá. Nos apresentamos neste espaço com Humberto Gessinger em Julho de 2018, com Pity em Julho de 2017 e com o artista mineiro Beto Guedes em Outubro de 2016. As minhas lembranças mais antigas me levam ao final da década de 70 quando ainda integrante da banda Mar Revolto. Tive várias experiências em tocar nesse lugar consagrado à música, aos grandes eventos de rock, além de ter sido o palco onde Raul Seixas fez o seu último show na Bahia.

Quais suas últimas experiências com as bandas que irão tocar no festival? Alguma memória especial acerca de Ratos de Porão e o Camisa de Vênus?

No início dos anos 80 a banda Mar Revolto se desfez, depois de alguns anos divulgando o seu trabalho no país, principalmente no eixo Rio-SP-BH. Foi nesse período que entrou em cena em Salvador o Camisa de Vênus, anunciando o punk na Bahia, com um rock básico e visceral, tendo à frente a postura irreverente do Marcelo Nova que conquistou de cara toda a juventude roqueira. O Camisa era o novo chegando. A contribuição do Camisa na cena rock brasileira é incontestável, ainda mais por Marcelo ter proporcionado aos fãs e seguidores, as últimas apresentações do Raul Seixas no Brasil, que estava fora dos palcos há alguns anos. Apesar de conhecer alguns integrantes da banda, nunca tivemos qualquer experiência musical. Nesse período, fui morar no Rio, onde trabalhei com produção musical em estúdio. Já a banda Ratos de Porão, acompanhei parte da sua trajetória, pois era contemporânea do Mar Revolto, e nos dias de hoje é uma das maiores bandas de rock do país.

Essa revitalização do Festival Rock Concha traz quais benefícios pra cena? O que está acontecendo hoje em Salvador em se tratando de Rock/Metal é promissor?

Importantíssimo essas edições anuais do Rock Concha, não só pro rock da Bahia mas sobretudo pro rock nacional, que ganha com esse privilegiado espaço para se expor. Importante manter viva essa chama, estimulando esse segmento tão difícil de ser mostrado, pelo menos no que se refere às mídias tradicionais. Mas, felizmente, com advento da internet, caem por terra a maioria desses obstáculos. Atualmente o rock na Bahia tem dificuldade de se mostrar. Existem poucos espaços e esses sem uma condição técnica adequada para se fazer um bom show, salvos alguns. No momento se percebe uma movimentação de músicos e pessoas afins ao segmento, na intenção de estimular a cena local, a exemplo do Clube dos Bons Sons que realiza o projeto Rock na Rua, que leva músicos e bandas para se apresentarem nas avenidas e ruas de Salvador; da Gato Preto Filmes que investe em documentar e divulgar shows e eventos através de vídeo filmagens; e do Palco do Rock que durante o carnaval realiza esse evento anual tão importante na Bahia. Recentemente tivemos o São Félix Rock Festival, realizado na cidade de São Félix que já tá servindo de exemplo para que produtores de outras regiões promovam eventos dessa natureza em suas cidades.

Vocês estão preparando algo especial para o evento? O que o fã de vocês pode esperar do show?

Vamos mostrar músicas do primeiro CD (Flower Power) e músicas desse novo CD (Novas Cores) que está em fase de finalização, além de alguns clássicos de alguns autores a exemplo de Raul Seixas e Jimi Hendrix.

Quais as principais diferenças entre tocar num Festival desse porte e fazer um show específico da banda? Quais estratégias usam para lidar com o público?

Em se tratando da parte musical e vontade de tocar, para nós não existe diferença. Ensaiamos com volume alto como se estivéssemos em um show. Tocamos com vontade e, em se tratando do Rock Concha, acredito que vamos soar melhor e mais pesado ainda pois estaremos conectados com o público. Não temos estratégias para com o público. É só ligar os amps no último volume e deixar acontecer.

Deixa uma mensagem ao leitor do Bahia Rock e convide seu público para ir ao Festival! De antemão, obrigado!

Aproveito aqui pra agradecer ao BahiaRock a oportunidade dessa entrevista. Agradeço também à Iris Produções na figura de Irá Carvalho e ao Alexandre “Rockfreeday “ pelo convite à banda Alquímea, e dizer pra todos que não deixem de ir nos dias 13 e 14 de Julho ao Rock Concha, onde comemoraremos e celebraremos a edição de 30 anos deste festival que enriquece a cena cultural e musical da Bahia.

E viva o Rock!

Mais informações sobre o festival:

https://www.facebook.com/RockConcha/
https://www.instagram.com/rockconcha/

Lucas Rocha

Lucas Rocha

Editor e Redator-Chefe.

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