Martin Mendonça lança single da/o filha/o: Corpo morto de Charlie D

Martin Mendonça lança single da/o filha/o: Corpo morto de Charlie D

Por Juana Diniz

Martin Mendonça, guitarrista de Pitty e fundador da produtora e selo Praia dos Artistas, disponibilizou em todas as plataformas digitais, dia 25/01, uma composição inédita, o single Corpo Morto, de sua/seu filha/o, a/o iniciante na carreira musical: Charlie D.  A música é de composição autoral da/do novata/o Charlie, mas produzida pelo pai veterano do rock e mixada por outro nome já velho conhecido e reverenciado no cenário musical baiano e nacional André T, no Estúdio T.

Na onda dos “nepobabys” baianos de filhos de famosos do Axé e da MPB, Charlie D se diferencia por não apenas por seu pai ser mais conhecido como músico do que como celebridade, mas por ser um “filho/a” do rock da Bahia. As influências da/o jovem cantor/a passam por artistas pops contemporâneos como Melanie Martinez e Jão, até a os da geração do pai. A verdade é que Charlie D tem cerca de xx horas de música em suas playlists que passeia pelos mais diversos estilos de rock, do clássico ao indie, do metal ao punk. “Ela/e ouve Elton John, AC/DC, Queen e Charlie Brown Jr.”, diz Martin, achando graça, e acrescenta que acabou de saber que o estilo musical do single provavelmente será classificado como “Dark Pop”.

Corpo Morto, o nome dessa faixa inaugural, é uma proposta enxuta que mistura ritmo de valsa e o peso do baixo marcado, permeada por uma guitarra meio “The Cramps” para criar um clima de “trilha de filme de terror divertido”. Já a melodia e letra se referem às dores que a/o própria/o Charlie D nos conta ter vivido em sua vida pessoal e ter conseguido, através da arte, atravessar: “Corpo morto surgiu no meio de muita confusão, eu estava numa fase péssima da minha vida, que até agora estou lutando para sair. Eu sempre fui uma pessoa que gosta de criar, nasci e cresci ligado à arte e sou completamente apaixonado por ela. Sempre criei músicas, desenhos, pinturas, peças, eu era a própria peça. Então como eu não podia virar literalmente um corpo morto. Até tentei, mas não consegui. O que me restava? Botar para fora, vomitar tudo isso e muito mais que eu guardo há muito tempo. E como eu coloco as coisas para fora? Transformando-as em arte”, diz Charlie.

As músicas e artistas que inspiraram Charlie costumam ser a que mais falam sobre os sentimentos do ser humano. Ela/e diz: “Existe essa representação de sentimentos na maioria das minhas referências. Meu maior ídolo da vida, Melanie Martinez, é conhecida por seus temas polêmicos e por ter um fandom dodói da cabeça porque as músicas dela falam sobre tudo o que nós sentimos e temos vontade de gritar. A lista segue com Jão (nosso menino do interior sofredor), My chemical romance (literalmente uma banda emo), Anavitória (jão feminine version’s), Mitski (mãe dos depressivos), Kamaitachi (amante demoníaco), meu pai e a Pitty claro, os clássicos MPBs, os clássicos do rock e muito mais.”

Charlie nasceu e viveu em São Paulo até os 11 anos e vindo passar as férias em Salvador e hoje, com 13 para 14, já vive há quase 3 anos em terras soteropolitanas. A tenra idade não é empecilho para ela/e, que é uma aposta da Praia dos Artistas na contemporaneidade da música e na força da escuta de uma voz adolescente, que tem particularidades no mundo pós-pandemia que ainda sabemos pouco sobre como lidar e que, historicamente, se trata de uma fase estigmatizada e estereotipada, o que nos confunde ainda mais. Num mundo não muito promissor, regido pelo signo de desastres climáticos e ecológicos, Charlie D traz seu sopro de juventude que ainda encontra suas rotas de escape: “Eu gostaria muito que isso se transformasse em uma carreira, mas por enquanto estou mais na missão de me expressar, inspirar as pessoas, principalmente o pessoal da minha idade, me divertir e sonhar”, finaliza Charlie.

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