Review – Álbum – Iorigun – Skin
Formada por Iuri Moldes (guitarra e voz), Moysés Martins (baixo), Fredson Henrique (guitarra) e Leonel Oliveira (bateria), a Iorigun é uma banda de Feira de Santana (BA) que faz um indie rock com sonoridade calcada no pós-punk, com melodias pungentes e vocais sombrios, melódicos, e em alguns momentos, desesperados (chegando a lembrar o Joy Division em algumas músicas). Após cerca de 1 ano do seu primeiro EP, Empty Houses/Filled cities, de 2017, o quarteto lançou, no final de 2018, o EP Skin. Segundo eles mesmos, em Skin há uma continuação e um aprofundamento da temática do primeiro EP, focando, desta vez, na angústia em lidar com o outro e com os próprios pensamentos e sentimentos.
A primeira faixa é “Hold on”, que, sem introduções, inicia acelerada, mas ainda assim suave, com guitarra e bateria limpas e diretas, enquanto os versos falam de desencontros, inseguranças e terminam pedindo: “Hold on, I ´ll wait for you” (“aguente firme, eu esperarei por você”). Em seguida, “Intimacy” vem mais lenta, mas com mais peso nas guitarras e viradas de bateria, enquanto uma doce e melódica melancolia domina os vocais.
Após “Under my skin”, um pequeno interlúdio com melodias etéreas e que vão gerando uma tensão crescente, temos “In the edge of something big”, com bons riffs e solos, clima desesperado e intenso, e que faz um apelo bem pertinente diante do momento em que vivemos no país: “when your world falls down, resist” (“quando seu mundo desmoronar, resista”).
As duas últimas faixas mantêm o clima atormentado do EP: “Fight to forget” tem um belo riff e um refrão angustiado que se repete bastante; e “The Trickster II” encerra Skin com um clima bastante sombrio, arrastado e com uma desesperança profunda e resignada: sem amar ninguém e nem temer o fim, só resta viver “até o último suspiro”…
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